São João da Boa Vista prepara um plano diretor para a expansão do polo aeronáutico
terça-feira, 22 de janeiro de 2013São João da Boa Vista prepara um plano diretor para definir como será o desenvolvimento do polo aeronáutico na cidade, com o objetivo de atrair mais empresas do setor. As duas empresas que atuam no município se uniram e a produção de aeronaves mais que dobrou.
Os dois grupos devem movimentar cerca de R$ 50 milhões e já têm 50 funcionários. “Estamos produzindo cerca de 8 aviões por mês, antes era em média 3,5”, afirma o empresário Caio Jordão.
A Inpaer é especializada em projetos e fabricação de aeronaves leves para até quatro pessoas. A Aerogard, um pouco menor, comprava aviões desmontados dos Estados Unidos para montar e vender no Brasil, mas essa atividade vai ser extinta.
A montagem de avião no Brasil ainda depende de importação de peças, como motor, hélice e painel de instrumento. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) criou uma lei que exige que todo projeto seja homologado nos pais para que os aviões sejam comercializados. Como uma das partes não tinha essa homologação, a saída foi fazer a parceria. “Nós ficamos sem o produto para colocar no mercado brasileiro. Nós tínhamos um produto que era americano, então nós tivemos que buscar uma solução que foi encontrada através da união com a Inpaer, que tem um produto 100% nacional”, explica o empresário Daniel Fortuna.
Por enquanto, nove aviões e ultraleves produzidos na cidade são homologados pela Anac, mas o numero deve aumentar, assim como o espaço das fábricas também. Em um terreno será construído um outro galpão.
A Prefeitura Municipal de São João da Boa Vista considera esse espaço como um polo aeronáutico, levando em conta as empresas que já atuam na região e a escola de paraquedismo que se instalou na cidade.
A diretora de planejamento do município, Amélia Queiroz, afirma que um plano diretor vai limitar o tipo de construção em torno do aeroporto. O projeto está em andamento. “Ele deve ficar pronto em torno de oito meses, 12 meses. Com ele pronto, a gente tem a visão de que em 50 anos o que vai ser essa grande expansão”, destaca.
Fonte: G1