Queda constante de energia causa prejuízos em São João da Boa Vista
sexta-feira, 1 de março de 2013Frequentes quedas de energia irritam moradores e empresários rurais na região de São João da Boa Vista (SP). A concessionária Elektro admite o aumento de ocorrências e culpa os temporais. Devido às falhas no fornecimento, os consumidores têm recebido desconto na conta de energia. Ainda assim quem depende do serviço na cidade de São João da Boa Vista para trabalhar diz ficar no prejuízo.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nos últimos dois anos esse valor subiu 183 %, ultrapassando R$ 1,26 milhão. Para a Elektro, esse aumento estava dentro do previsto. “Nós temos uma meta a ser cumprida e quando nós ultrapassamos esse valor de ocorrências de interrupções o cliente vai ser ressarcido pela companhia”, explicou o gerente de distribuição da empresa, Lauro Fernando Ribeiro.
Em janeiro, a região sofreu com uma média de 15 interrupções por dia. Este mês, o número já subiu para 20. Os temporais contribuíram para esse aumento, disse o gerente da empresa. Segundo ele, em cinco dias chegaram a cair 358 raios. “Isso fez com que nós tivéssemos um maior numero de ocorrências no sistema elétrico e tivemos que ter uma ação mais significativa para a recomposição desse sistema”, disse.
Prejuízos
O gerente da Elektro afirmou que, se houver prejuízo devido à falha no fornecimento, o cliente deve procurar a concessionária para que o caso seja analisado.
O empresário Fábio Pimentel disse que nos últimos dois anos protocolou mais de 20 reclamações na concessionária e nunca foi ressarcido pelos equipamentos queimados e nem pela perda da produção.
“Eu já tive um prejuízo de mais de R$ 70 mil e eles nunca apareceram, o máximo que fizeram foi indeferir o meu pedido”, afirmou o empresário que mantém um laticínio em um sítio em São Roque da Fartura, distrito de Águas da Prata (SP).
O também empresário Josué Grespan contou que o último apagão demorou oito horas. “Falta energia por qualquer motivo. Como é que eu vou produzir, vender a minha mercadoria e agregar valor para eu poder manter o meu padrão de vida, a minha indústria e funcionários?”, questiona.
Fonte: G1